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17
maio
10

Star Wars: The Clone Wars 01 – A 301ª Legião

Olá, pessoal.

Hoje trago até vocês o primeiro capítulo de uma série fanfic que estou escrevendo para o Universo Nova Frequencia. Espero que gostem.

Um abraço.

STAR WARS: THE CLONE WARS


Episódio 01 – A 301ª Legião

Por Alex Nery

Em uma galáxia muito, muito distante…

As forças da República lutam desesperadamente para conter o avanço separatista. Mesmo com o apoio do conselho jedi, os republicanos não conseguem impedir que a guerra estenda suas garras pela galáxia, levando o caos a várias civilizações. O sinistro Conde Dooku e o maligno general Grievous contam com um exército aparentemente infinito de dróides para levar adiante seus planos de dominação. A república conta com os jedis…

… e um exército de clones.

Planeta Akirmish
Província Looren, a 700 km de Akam, capital planetária.

As explosões levantaram espessas nuvens de poeira vermelha, cegando momentaneamente os troopers. As rajadas lasers cortam o ar, derrubando vários soldados. Os visores dos capacetes adaptaram-se automaticamente à pouca luz recebida e permitiram que alguns soldados pudessem se recompor e reiniciar o avanço, respondendo ao fogo inimigo com rajadas de plasma.
Os troopers avançavam buscando a proteção de qualquer destroço ou declive do terreno. Os canhoneiros ajoelhavam-se procurando firmar as bazucas energéticas, porém muitos deles eram logo atingidos pelos raios dos dróides inimigos. A infantaria concentrou seus disparos sobre um ponto específico onde se escontrava um canhão dróide arremessador de granadas, procurando assim atrair sua atenção. O piloto do canhão tentou atingir-lhes dois disparos. As granadas foram lançadas e caíram aos pés de três troopers. Os soldados tentaram saltar, mas a explosão os atingiu em cheio, cortando-os em pedaços.
Aproveitando o momento de recarga do canhão, um bazuqueiro trooper firmou seu canhão portátil e disparou. Foi a vez do piloto dróide e seu armamento arderem em chamas. Sem tempo para comemorações, os soldados da república continuaram o difícil avanço por aquela terra árida da província de Looren.
Jared saltou, buscando abrigo atrás de uma coluna de rochas. Duas rajadas laser passaram a poucos centímetros de sua cabeça. O trooper engatilhou o rifle que tinha em mãos e procurou pelas formas mecânicas dos dróides inimigos. Disparou e acertou em cheio o robusto inimigo prateado que abandonara uma trincheira cavada a cerca de trinta metros e tentava avançar até sua posição. Três dróides idênticos responderam ao ataque com uma chuva de raios, fazendo com que o soldado da república tivesse que abaixar a cabeça novamente. Calculou que os inimigos avançariam em breve. Os dróides separatistas não tinham o mesmo senso de autopreservação que ele ou seus companheiros da 301ª Legião.
Como em resposta ao pensamento do soldado, a saraivada de disparos inimigos se intensificou, provavelmente uma tentativa de cobertura para um ataque lateral. Jared retirou do cinturão uma termo-bomba e ativou-a, arremessando-a em seguida. Não conseguia ouvir o “bip” do aparelho, pois os sons da batalha o encobriam. Ouviu apenas a explosão e sentiu o tremor do solo. Aproveitou-se do momento e, ajoelhado, disparou contra a posição dos adversários.
Vindo do alto, uma série de disparos juntou-se aos seus e cobriu a extensão da trincheira com plasma incandescente. Jared olhou para cima e viu Lexar, um de seus companheiros, pilotando um jet pack. “A 301ª cuida dos seus”, lembrou o soldado.
Lexar despejou mais uma rajada de plasma sobre a trincheira. O fogo inimigo cessou imediatamente. Com cautela, Jared ergueu-se com o rifle nas mãos. Lexar pousou e agachou-se, mantendo uma posição defensiva. Com a cabeça acenou para que Jared avançasse. O trooper avançou até o limite da trincheira e olhou rapidamente para dentro. Viu apenas destroços fumegantes de dróides. Levantou-se e fez o sinal característico de “área limpa” para Lexar. O trooper aéreo avançou com mais calma.

– O capitão informou que este era o último foco de resistência deste lado – comentou Lexar.
– Bom. Eu fiquei isolado depois que eles avançaram pela esquerda lá atrás – justificou Jared.
– Pensei que você queria uma medalha o algo assim…
– Medalha? Medalhas são para jedis – disse Jared cuspindo no solo.

Lexar nada disse. Apenas olhou em volta, observando as ruínas do povoado akaniano. A pequena vila agrícola estava devastada, atingida tanto pela destruição invasora dos separatistas quanto pela força bélica da república. Infelizmente este já era um cenário comum nestes dias conturbados.
Os comunicadores dos dois soldados biparam ao mesmo tempo. Jared atendeu mais prontamente. Surgiu a imagem holográfica do capitão Griez, da 301ª legião trooper, trajando sua armadura branca e vermelha.

– Atenção, homens! Reunam-se no quadrante axis-7 – ordenou o capitão.

Jared e Lexar rapidamente correram até o ponto de encontro. Dezenas de outros troopers já se encontravam no local. O clima era de relaxamento, ou o mais perto disso que se pode ter numa guerra. Alguns mantinham a vigilância do perímetro, enquanto feridos eram atendidos pelos troopers médicos e outros buscavam alguns momentos de descanso.
Os dois troppers da 301ª legião reuniram-se aos demais homens da unidade. O sargento Klein executava um escaneamento dos biochips implantados nos troopers, realizando assim a chamada dos presentes e contabilizava os faltosos. Ele sabia que se alguém não estava ali, estava morto. Mesmo assim, por formalidade, executava a chamada oral dos não detectados pelo escâner.

– Abaw-ken… Cosaz… Dazebal… Framish… Hurtee-Ol… Lomar-Ge…

Silêncio. O sargento foi confirmando a opção de “ausente” no datanote até o fim da lista. Contabilizou um total de oitenta e três ausências, das quais poderia descontar vinte e oito feridos que estavam sendo atendidos pelos médicos. Balançou a cabeça negativamente. Era uma taxa muito alta de perdas. O gesto não passou despercebido por Jared.

– Olha lá… o sargento não está nada feliz com os números… – comentou o soldado.
– O que queria? Basta olhar em volta e ver que perdemos muita gente – disse Lexar, irritado.
– Vocês terão meia hora de descanso até que o capitão nos chame para mais instruções! Aproveitem! – gritou o sargento, se retirando em seguida.

Ao ouvir a instrução, alguns soldados começaram a retirar os capacetes de combate, inclusive Jared e Lexar.
Seria curioso olhar outra pessoa com o mesmo rosto que o seu. Imagine ver dezenas de pessoas com o mesmo rosto. Era o que acontecia. Todos os troopers eram clones do caçador de recompensas Jango Fett. Eram produzidos idênticos, assumindo algumas variações de cortes de cabelo depois de engajados no exército. Mas isso não bastava para disfarçar o estranho cenário que era encontrar esses homens frente a frente, todos idênticos.
Jared possuía um corte “moicano”. Em uma de suas primeiras missões, havia visto os nativos de um planeta periférico da república utilizarem este tipo de corte e o adotara imediatamente. Achava que isso ajudaria a manter uma expressão mais feroz, mais agressiva, que ele fazia questão de exibir.
Lexar, por outro lado, mantinha o corte militar tradicional. Uma vez que passa quase a vida toda utilizando capacete e os raríssimos momentos de “folga” na caserna, simplesmente não sentia necessidade de mudança. Era uma espécie de soldado conformado com sua vida de instrumento da república.
O mesmo não podia ser dito de seu irmão-clone Jared.

– Meia hora?… não dá nem pra dormir um pouco… – disse Jared.
– Está cansado, Jared? Será a velhice chegando?- ironizou Lexar.
– Se EU estou velho, VOCÊ também está, pateta…
– Tsc, você não tem o menor senso de humor.
– Oha lá… o capitão Griez correndo pra tenda dos oficiais. Acha que eles vão se reunir e contar piadas? Vão decidir pra onde devemos ir e nos ferrar.

Griez corria com a cabeça cheia de pensamentos nervosos. Era um combatente experiente mas, mesmo assim, não conseguia manter-se tão frio quanto aparentava. A retomada da província de Looren avançava mais lentamente do que o alto comando esperava.
Entrou na tenda do comando de guerra e cumprimentou com uma continência formal o general Arash, um humano, e os outros dois comandantes republicanos.

– Bem vindo, capitão- respondeu o general – Quais os informes do campo de batalha?
– Senhor, a província está sob controle, mas perdemos muitos homens – informou Griez.
– Hmm, entendo, capitão… Infelizmente ainda temos muito a fazer em Akam – disse o general calmamente.
– Estamos a postos, senhor – prontificou-se o capitão trooper.
– Ótimo. Veja a situação – o general apontou para o holomapa sobre a mesa – Comandante Hurias, por favor…

O comandante, um nautolano de pele esverdeada e grandes olhos negros, aproximou-se da mesa e apontou num ponto específico do holomapa. A imagem modificou-se, exibindo um deserto de areias vermelhas, que imediatamente Griez reconheceu como sendo a mesma terra da província de Akam.
Com mais alguns toques na imagem, o comandante fez surgir a imagem da entrada de uma caverna quase ao nível do solo, muito semelhante a uma toca gigantesca.

– Esta é a entrada de uma base subterrânea dos separatistas, localizada a cerca de cem quilômetros daqui. Nossos dróides espiões conseguiram esta imagem onde podemos vê-los transportando vários cilindros em veículos de carga. Temos fortes suspeitas de que se trata de um laboratório para a criação de uma arma química poderossísima. Temos que destruir este local imediatamente.

Direto ao ponto. Essa era uma característica dos comandantes republicanos. Griez sabia que o “temos” se referia aos seus homens.

– A 301ª estará pronta em instantes, senhor – disse o capitão – Mas, permita-me perguntar… Por que não executamos um bombardeio orbital na área? O laboratório seria completamente destruído.
– Antes disso precisamos capturar os planos inimigos para descobrir do que se trata esta nova arma – justificou o comandante – Por isso, o senhor e seus homens invadirão e capturarão todos os dados que puderem antes de se retirarem.
– Temos informes de que duas naves cargueiras dos separatistas estão se aproximando de Looren – interrompeu o general Arash – E achamos que eles vêm buscar todo o estoque produzido desta arma. Obviamente eles não vêm sozinhos e estão escoltados por um destróier, o que significa que em breve teremos mais algumas centenas de dróides em cima de nós. De acordo com nossos cálculos, eles estarão aqui dentro de três horas. O senhor e seus homens têm este tempo para invadir, capturar os planos do inimigo e retirar-se de lá antes que ordenemos o ataque orbital que irá destruir de vez as instalações.
– Sim, senhor – respondeu Griez.
– É só, capitão. Dispensado – disse o general.
Griez bateu continência e virou-se para deixar a tenda.
– Capitão… – chamou o general.
– Pois não, senhor?
– Seja rápido. Não queremos sepultar o senhor e nem seus homens naquela caverna, mas também não podemos permitir que o inimigo leve o estoque químico – disse Arash observando o holomapa.
– Entendido, senhor- respondeu Griez, finalmente se retirando.

O capitão trooper caminhou até o local onde sua legião permanecia descansando. Observou os homens sentados no chão, limpando ou regulando seus rifles. A maioria parecia cansada, mas isso pouco importava. Ordens eram ordens. Aproximou-se do sargento Klein.

– Sargento, reúna os homens. Temos uma missão imediata – ordenou o capitão.
– Sim, senhor – respondeu o sargento batendo continência.

O sargento afastou-se e começou a convocar os homens da 301ª legião, que naquele momento somavam cerca de sessenta soldados. Ele não precisava gritar, pois a convocação era emitida na faixa especial dos rádios dos troopers, mas mesmo assim, Klein berrava a plenos pulmões. Em poucos minutos estavam todos alinhados.
Griez era um homem de poucas palavras. Era sempre objetivo ao comandar o grupamento. Rapidamente expôs a situação e dividiu a legião em dois grupos. O primeiro, composto por cinqüenta soldados, comandados pelo sargento Klein, iria fazer o ataque pesado a fim de distrair o inimigo, enquanto o segundo grupo, liderado por ele próprio, iria invadir a caverna e obter os planos.

– Te falei que iam ferrar a gente… – resmungou Jared.
– Cala a boca. Só cala essa boca… – respondeu Lexar.

Continua…